quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A PALAVRA TEM FORÇA O FEITIÇO VERBAL


O homem é um espírito ou núcleo espiritual, que centraliza em si todos os tipos de forças imanentes aos diversos planos da vida.
Quando o espírito pensa, ele agita todos os campos de forças que baixaram vibratoriamente até atingir o seu perispírito e o corpo físico; assim, projeta em todas as direções energias benfeitoras ou malévolas, criadoras ou destrutivas, segundo a natureza dos seus pensamentos e sentimentos.

A palavra, portanto, é a manifestação sonora, para o mundo exterior, do sentimento ou pensamento gerado no plano oculto do ser.
A palavra tem força, pois é o veículo de permuta do pensamento dos homens. Consoante a significação, a intensidade e o motivo da palavra, ela se reveste de igual cota de matéria sutilissíma do éter físico, sobre aquilo que ela define.

O enfeitiçamento verbal resulta de palavras de crítica antifraterna, maledicência, calúnia, traição à amizade, intriga, pragas e maldições. A carta anônima e até mesmo a reticência de alguém quando, ao falar, dá azo a desconfiança ou dúvida sobre a conduta alheia, isso é um ato de enfeitiçamento. O seu autor é responsável perante a Lei do Carma e fica sujeito ao “choque de retorno” de sua bruxaria verbal, segundo a extensão do prejuízo que venha a resultar das palavras ou gestos reticenciosos desfavoráveis ao próximo.

Quando a criatura fala mal de alguém, essa vibração mental atrai e ativa igual cota dessa energia das demais pessoas que a escutam, aumentando o seu feitiço verbal com nova carga malévola. Assim, cresce a responsabilidade do maledicente pelo caráter ofensivo de suas palavras, à medida que elas vão sendo divulgadas e apreciadas por outras mentes, atingindo então a vítima com um impacto mais vigoroso do que o de sua força original. O malefício verbal segue o seu curso, pessoa por pessoa, assim como a bola de neve se encorpa lançada costa abaixo!

A mobilização de forças através do verbo é predominantemente criadora (*), é uma ação de feitiçaria de consideráveis prejuízos futuros para o seu próprio autor, pois as palavras despertam ideias e estas produzem a convergência de forças repulsivas que se acasalam à natureza do pensamento e do sentimento tanto de quem fala como de quem ouve.

MAGIA DE REDENÇÃO.

(*) Vide o capítulo “Ante o Serviço” da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luis, em que a praga paterna deu origem à paralisia do braço do filho desnaturado.

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