Este ritual se destina para o culto afro, para invocação de exus de alta hierarquiacom o objetivo de conseguir dos mesmos alguns favores materiais e espirituais sem o intermédio de um pai de santo. Morte Súbita inc acredita que a fé e a pratica religiosa devem ser livres de todos os grilhões institucionais e nos cultos afros isso significa independência dos terreiros e contas a pagar. Mas coma liberdade vem a responsabilidade e a pratica que apresentaremos a seguir não deve ser feita por pessoas que não saberam lidar comas forças por ela acionadas.
Este ritual não deve em hipótese alguma ser tratado de maneira irresponsável e estes procedimentos devem a todo custo ser realizado com cuidado e respeito. É extremamente comum que próprio praticante chegue a a “incorporar” ou sentir a energia da entidade presente, o que nos dá mais um motivo para este ritual não deve ser realizado por praticantes incautos.
O descuido em relação a saudação da entidade, despedida da mesma pode trazer graves conseqüências. Qualquer ação que possa alterar a consciência do praticante no ato do ritual como o uso de bebidas alcoólicas e drogas ilícidas deve ser evitada ao máximo por pessoas levianas.
Passo 1 - A Escolha do Exu
Escolha a entidade que melhor pode auxiliar no seu caso. Conheça cada um e decida com sabedoria pois um Exu de alto escalão não deve ser incomodado com problemas pequenos ou que não lhe diz respeito. Uma entidade irritada por motivo fútil pode ser a última coisa que você precise se preocupar na vida.
Exu Arranca-Toco: habita as florestas. É especializado em encontrar animais desaparecidos, pessoas perdidas nas matas e em casos de curas de moléstias naturais.
Exu Brasa: provoca de incêndios e domina o fogo e as armas de fogo. É invocado para promover a vitória em duelos e tiroteios. Concede ainda o dom de acertar o alvo desejado assim como o de escapar de balas.
Exu Carangola: faz as pessoas ficarem perturbadas e darem gargalhadas histéricas, dançando sem ter vontade, rindo na hora errada ou se atrapalhando em momentos importantes. É invocadotanto quando um momento solene precisa ser arruinado como quando não pode sar errado de modo algum.
Exu Caveira: ajuda nos conflitos pessoais, ensinando as artimanhas da guerra e o modo de vencer inimigos. É o senhor da punição e da justiça por excelencia encarregado de vigiar os cemitérios e os lugares onde houver pessoas enterradas. Sua força é de modo a incutir medo aos que o invocam. Apresenta-se, em geral, com a forma de uma caveira.
Exu da Meia-Noite: é um dos mais invocados, pois é o encarregado de escrever toda a sorte de caracteres e tratar dos procedimentos magicos em si. Segundo uma crença popular foi ele quem ensinou a são cipriano todas as sortes de mágicas que fazia. À meia-noite, o exu da meia-noite faz a ronda do mundo físico por isso é exatamente à meia-noite que se fazem os despachos destinados ao exu da meia-noite.
Exu Maré: facilita a invisibilidade das pessoas, dando-lhes poderes de serem seletivamente ignoradas em ocasiões ou pessoas específicas. Também é chamado no caso da necessidade de se descobrir um problema oculto ou dificuldade desapercebida até então.
Exu Mirim: influente sobre as mulheres mas principalmente poderoso com as crianças e com a fase da infância. Tudo o que diz respeito a crianças diz respeito ao Exu Mirim, para o bem e para o mal.
Exu Pimenta: propaga moléstias venéreas e separa casais. Tem poder de incutir ódio e ciúme nos corações humanos. Por outro lado também é invocado para amarrações de amor e para atiçar o desejo sexual por alguém específico.
Exu Quirombô: atua como exu mirim, mas é especializado em prejudicar mocinhas e crianças pequenas, desviando-as para o "mau caminho". Apresenta-se, também, como criança de olhas claramente malicioso.
Exu Sete Encruzilhadas: tem prazer em ensinar e doutrinar, por isto sempre está tirando dúvidas a todo aquele que lhe faça perguntas, desde as perguntas mais insólitas como "porque há estrelas..." até as mais comuns como "quero saber se meu marido me engana...".
Exu Tata Caveira: provoca o sono da morte, a desatenção e manipula drogas e entorpecentes. É invocado também para causar, aliviar ou agravar os casos de dependência a drogas e ao álcool.
Exu Veludo: influente no mundo dos negócios e no comércio. Concede a habilidade e o carisma para políticos e costuma ser invocado quando encontros sociais são decisivos, como no caso de entrevistas de emprego.
Exu Zé Pelintra: Particularmente versátil para problemas do dia a dia, mas igualmente exigênte com o que pedir em troca. É polivalente e comanda toda a linha de malandros, entidades supostamente oriundas de pessoas envolvidas com o submundo, jogo, prostitutas, bebidas fortes e drogas.
Passo 2º - A Preparação
Horários adequados: 21h– 24h– 3h
Dias de pemba: segunda-feira e sexta-feira
Para a preparação do terreiro os seguintes materiais serão necesários:
- 1 giz de pemba
- 3 velas pretas
Ambos os ítens podem facilmente encontrado em casas de artigos religiosos dedica a cultos afros. O símbolo a seguir deve ser reproduzido no chão com pemba e no local indicado as velas pretas deverão ser acesas. Ao acender cada uma das velas pense fortemente no seu objetivo com este ritual. O que pretende atingir com ele e como isso é importante para você.
Opcionalmente de modo a agradar a entidade o particante pode usar contas e roupas vermelhas-pretas, e repousar no centro do triângulo um ebó de farofa com dendê.
Passo 3º - Saudação
Laroye ....................... (nome específico da entidade escolhida)
Mbelesé exu babá, elemí, alayé
Mojuba olofín, mojuba olorún, mojuba olodumare
Olorún alabosudayé, alabosunifé
Olorún alayé, olorún elemí
Mojuba ashedá, mojuba akodá
Mojuba ayaí odún, oní odún, odún olá
Mojuba babá, mojuba yeyé
Mojuba ará, mojuba ilé
Mojuba gbogbowán olodó araorún, oluwó, iyalosha, babalosha,
Omó kolagbá egún mbelése olodumare
Araorún, ibá é layén t’orún
Ibá é
Ibá é
Ibá é
Ibá é layén t’orún gbogbó egún araorún orí emí naní
Ibá é layén t’orún gbogbó egún araorún orí iyalorisha emí
Ibá é layén t’orún gbogbó egún araorún orí ni gbogbó igboro kalé ilé
Ibá é layén t’orún gbogbó egún,
Gbogbowán olodó, lagbá lagbá, araorún, otokú
Timbelayé, mbelése olorún, olodumare.
Kinkamashé ........................ ( diga seu nome )
Kinkamashé ........................ ( diga seu nome )
Kinkamashé ....................... ( diga seu nome )
Kinkamashé ....................... ( diga seu nome )
Kinkamashé ....................... ( diga seu nome )
Kinkamashé orí-eledá emí naní
Kinkamashé gbogbó kalenú, igboró, aburó, ashíre,
Oluwó, iyalosha, babalosha, kale ilé.
Laroiê mojubá exú!
Larouê! Exú
Exu
Egbarabo ago mojuba ra
Egba kose e gbarabo ago mojuba ra
E modé ko e ko egbarabo ago mojuba ra
Lê gbale exu gbara um be be exu
Gbara um be be
Exu elegebara
Exu ajo a ma ma
Ke o elegebara
Exu ajo a ma ma
Ke o laroye
Exu odará odará
Baba ebó exu oo
Exu olona mofori gbale
Exu o gbara loji ki
Exu lobi wá ara e e
Son son obé odará kolobi ebó
Laroye lagiri exu ma na
Le le lagiri ajê ma na
Lê lê lagiri firo ofe na
Fena jô lagiri
Orisa pa ta ago nile
Ago nile mofori gbalé
Gbara loju gebara loju gebara
Ara legibe ogó run gó run go laroye
Passo 4º - Conclusão
É importantíssimo ao termino do ritual agradecer e se despedir da entidade com todo o respeito. No caso do uso de um ebó ao final do ritual o mesmo deve ser deixado em alguma encruzilhada como uma oferenda a entidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário