quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Como se defender das Urucas


Mal olhado, Quebrantes, energia pesada (ou carregada), maus espírito (de obssessores a zombeteiros) e afins… tudo isso, no meu linguajar de “dia-de-semana” eu custumo chamar de Urucubaca, ou somente Urucas. Que, segundo o Dicionário de Folclore Para Estudantes, seria:

URUCUBACA. Ou cafife, ou caiporismo, ou azar, ou sorte mesquinha, ou sorte torcida, ou má sorte, significa, como o próprio nome está dizendo, a falta de sorte no que a pessoa faz. A palavra urucubaca vem de urubu – ave de mau agouro e cumbaca, um peixe azarento que, se pescado estraga o dia do pescador.

Em todos os tempos, em todos os lugares, sob qualquer contexto social, estamos sempre suscetíveis a esses tipos de malefícios… uma vez que a própria maldade é inerente a condição humana. A questão aqui não é indagarmos por que ela existe e nem criar falsas esperanças que podemos sempre ficar ilesos delas, porque não é o caso. O grande lance, na Umbanda e em muitas tradições que se utilizam da manipulação de energia, magia, encantaria e pajelança como atributo é aprender a lidar com isso. Como se defender das Urucas…


Abaixo, listo então, o que eu chamo de “As 5 Receitas favoritas (e básicas!) de toda prática Umbandística”, hehehe:

1) Vela para o anjo de guarda
Todo mundo possuem deidades protetoras. Na Umbanda, humildemente as chamamos (não importa a crença ou particularidades) de “Anjos da Guarda”. Para que possam se manter cada vez mais presentes em nosso caminho, cotidianamente, irradiados em nossas condutas e gestos, é preciso que estejamos sempre em sintonia com suas energias. Para que as vibrações estejam compatíveis e, assim, Eles possam se afinizar e se aproximar. O ato simbólico de acender uma vela e proferir uma prece ao seu guardião é muito mais protetiva, do que efetiva, em termos de garantia de uma proteção e defesa; a medida que a vela sozinha, é só parafina. Não pode fazer muita coisa real, se acesa só por acender, sem mentalizações e preces intuidas. Agora, o momento em que se pára para dedicar aquela Luz aos Seres que são mais iluminados que nós, com o intuito de pedirmos suas aproximações, em defesa dos nossos passos e rumos; aí sim há projeção da mente plasmando boas irradiações e energia. E é exatamente esse resultado que almejamos, quando se recomenda uma vela para o anjo da guarda. Fazer o consulente se alinhar com a sintonia do seu protetor, para que sua presença energética-espiritual possa se fazer mais efetiva no dia-a-dia.

Assim, separar uma velinha branca, sobre um local alto, que fique acima da sua coroa medíunica (cabeça), para que ela se irradie de cima para baixo é logo a primeira atitude que nos ajuda a afastar qualquer tipo de mal.


2) Banho de Defesa e Proteção
O banho de Defesa eProteção tem como finalidade se utilizar das propriedades energéticas e fitoterápicas que cada planta tem, a serviço do reequilíbrio vibracional do próprio corpo perispiritual (camada que envolve o espírito na forma humana). Para tanto, pegue uma caneca com um copo ou um pouco mais de água, coloque as ervas de sua preferência, amasse bem até a água ficar verde. Peneire e após o banho de higiene (muito importante), complete com água quente, do próprio chuveiro, jogando o preparado da cabeça aos pés. Mas cuidado porque não é toda erva que pode ser jogada na cabeça. E ainda, para quem prefere ferver o conteúdo em fogo brando, no mesmo procedimento que o chá e/ou tem dúvida se pode usar esse tipo de erva na cabeça ou não, recomenda-se jogar a mistura do pescoço pra baixo. Apenas as misturas amassadas ou trituradas podem ser jogados na cabeça e corpo todo. Caso contrário, ferveu ou não se conhece exatamente as propriedades da planta, então preferir derramar do ombo aos pés.

Agora, tanto no momento do preparo quanto na lavagem do corpo, é fundamental que se mentalize coisas boas e bons fluidos de defesa e proteção, pedindo que as energias negativas não se aproximem. Algumas sugestões de ervas comuns: arruda, manjericão, guiné, benjoim, espada de são jorge, alfazema, alecrim, levante, salvia, tapete de Oxalá, abre demanda, louro, parreira, espada de santa bárbara, rosas, violetas e até essências.




3) Passe e Tratamento Espiritual
O passe e a consulta com o guia espiritual é o momento, sem dúvida nenhuma, de grande importânica na defesa das Urucas. De tempos em tempos, principalmente as vítimas de trabalhos feitos, precisam procurar um centro espírita ou uma tenda de Umbanda de sua confiança, para passar em avaliação. Funciona como em qualquer outras especialidade médica, contanto que essa é uma especialidade da vida espiritual. O guia se apresenta, faz algumas perguntas preliminares para estabelecer vínculos e, em seguida, dá-se o momento do passe. O passe nada mais é do que a manipulação e transferência de energias de radiação e cura para o envoltório espiritual, chamado tb de corpo perispiritual. Nesse momento, o guia se coloca como intermediário dessa transição, sendo especialista em trazer as vibrações do universo e das esferas de irradiação de energia cósmica, de onde trabalha sua linha e a coloca a disposição do corpo do assistido, com métodos de cura e reenergização dos centros de força e fluído.

Agora, é importante dizer: nãpo espere milagres das entidades… elas ajudam muito, aconselham, alertam e até intervem por nós, mas depende de cada um fazer sua parte em nome de sua reabilitação e cura. Eliminando maus hábitos, deixando vício e promovendo a prática contínua da reforma íntima e do aprimoramento moral.




4) Trabalho de desobsessão ou descarrego
São trabalhos necessários quando uma pessoa está acompanhada de espíritos sem luz, entidades que atrapalham e prejudicam o consulente. Que, na garnde maioria das vezes, se aproximam de nós por compatibilidade energética e afinidade vibratória. Se são espíritos zombeteiros, muito ligados a depreciação e o escárnio, certamente estarão cada vez mais familiarizados com que alimenta em suas condutas, atitudes compatíveis com a maledicência, o sarcasmo, a arrogância e a humilhação. Do mesmo modo, espíritos sofredores se conectarão com aqueles que se entregam a dor e ao sofrimento, se desiludindo da vida e da fé. A quem adotam posturas mais exclusivistas, egoistas, muito ligadas a vícios, que limitam suas perspectivas apenas a seus desejos e anseios… e ainda destinam suas atitudes a puras satisfações pessoais e emocionais, hedonistas, presas a saciação do aqui e agora, mimadas; imediatamente se afinizam com as energias de espíritos obssessores, vampirescos, que só olham para suas necessidades para satisfazer a necessidade da matéria.

E, uma vez estabalecidos os vínculos de conexão com o corpo perispiritual (pela zombaria, pelo sofrimento ou pela obsessão), na maioria das vezes não é possível despreender a ligação sem uma intervenção mais incisiva e direta, por meio do trabalho de descarrego ou desobsessão espiritual.




5) Amuletos e Patuás
Carregar amuletos, fazer patuás ou ter qualquer tipo de objeto-símbolo de proteção e defesa, também pode ser uma boa alternativa contra qualquer tipo de uruca. Mas atenção! Essas ferramentas são pessoais e intransferíveis. Portanto, só podem ser usadas e carregadas por uma pessoa: Você! Além disso, o mesmo amuleto ou patuá pode não dar o mesmo resultado a qualquer pessoa. Portanto, receitas sobre isso disponíveis na internet nunca trazem a mesma disposição às recomendadas direto da boca dos Guias ou Orixás. Pois tratam-se de poderosos veículos de comunicação com o plano astral. Não pode ser qualquer coisa e nem mesmo feitas de qualquer jeito. É preciso imantação e/ou confecção com fundamento.


E algumas distinção: AMULETO é é um objeto pequeno, comumente levado no pescoço ou na roupa, ao qual se atribuem virtudes mágicas; com finalidade defensiva, ouseja, protege seu portador das influências maléficas e das cargas negativas. No Brasil, os mais populares são a figa, a pata de coelho e o trevo de quatro folhas. Já o TALISMÃ ésão um ou mais objetos reunidos com finalidades protetora, ou seja, geralmente têm propriedades mais ativos, porque servem para atrair determinadas energias ou capacidade. Um exemplo famoso seria a lâmpada de Aladim, que era capaz de conferir ao seu possuidor o direito de realização de 3 desejos. Já o PATUÁ, é um produto da fé. Ele exige a confecção de uma determinada encantaria, ou seja, feitiçaria que reunidas dentro de uma almofada, saquinho ou compartimento minúsculo e/ou isolado, seja possível elaborar um trabalho de compactação de diversas energias, dentro daquele produto. Imantado e produzido exatamente para sintetizar uma série de propriedades magística, com finalidades tanto protetoras como defensora, dependendo do fundamento e do elemento de cada caso.

**************************

Há ainda algumas mandingas e mirongas que a gente aprende também, com anos de trabalho e relação com os Guias e Orixás. Tanto para os locais de trabalho, quanto para casa e dormitórios. Além de pequenas medidas de defesa e proteção que podem ser incorporadas no dia-a-dia. Mas essas são mais ligadas a Magia Natural de Umbanda e eu prefiro deixar para um próximo post, modo avançado, em caso de Urucas e até, trabalhos mandados. Até lá… cuidado, persistência e dedicação, regado com fé e coração puro, pensamentos elevados e alma sincera já estão de bom tamanho para lidar com esse tipo de coisa.


Assim, como a melhor defesa espiritual ainda é o poder da irradiação mental e pessoal, abaixo, selecionei duas orações bacanas, para servir de referência, no exercício diário de vigilância íntima e elevação da mente, contra qualquer tipo de negatividade e uruca!

ORAÇÃO CONTRA MAU OLHADO
Leva o que trouxestes; Deus me benze com sua santíssima cruz. Deus me defende dos maus olhos e de todos os males que me quiserem fazer. Tu és o ferro, eu sou o aço. Tu és o Demônio, eu o embaraço. Assim Seja!

PRECE PARA AFASTAR MAUS ESPÍRITOS
Em nome de Deus Todo Poderoso, que os maus espíritos se afastem de nós e que os bons nos sirvam de proteção contra eles. Espíritos malfeitores que inspirais aos homens maus pensamentos; Espíritos impostores e mentirosos que os enganais; Espíritos zombeteiros que vos divertis com a sua credulidade, nós vos repelimos com todas as forças de nossas almas e não atendemos às vossas sugestões, mas imploramos para vós a misericórdia de Deus. Bons espíritos que vos designais assistir-nos, dai-nos a força de resistir à influência dos maus espíritos e a luz necessária para não nos tornarmos vítimas dos seus embustes. Preservai-nos do orgulho e da presunção; afastai dos nossos corações o ciúme, o ódio, a maledicência e todos os sentimentos contrários à caridade, que constituem o atrativo dos Espíritos do mal.


Espero que gostem…

O Poder dos Banhos


PREPARAÇÃO DOS BANHOS:

Os banhos de ervas devem ser preparados por pessoas especializadas dentro dos terreiros ou por você mesmo(a), com a orientação de seu Zelador de Santo (Pai de Santo).

Nos candomblés quem colhe as ervas é o Mão-de-Ofã, ou Olossain, que antes de entrar na mata saúda Ossãe (orixá das ervas e folhas) e oferece-lhe um cachimbo de barro, mel, aguardente e moedas. Esse sacerdote que se dedica às folhas, nos cultos de Nação, é o Babalossaim, e ele usa seus dotes a cura, para a preparação de amacis e feitura de Santo no candomblé.

Na Umbanda, os Pais e Mães de Santo tem o conhecimento do uso das ervas e no preparo delas.

Acenda uma vela branca e ofereça ao seu anjo de guarda. Ponha água (de preferência mineral) dentro da bacia juntamente com a erva, e macere-a até extrair o sumo. Deixe descansar a mistura, dependendo da “dureza”, por algumas horas (flores, brotos e folhas), até por dias (caules, cipós e raízes). Durante este processo, é importante que o filho de fé, ou cante algum ponto correspondente, ou ao menos esteja concentrado e vibrando positivamente.

Retire o excesso das folhas da bacia; tome seu banho de asseio normal; depois o de descarrego, se indicado;e, depois tome o banho com o amaci, lavando bem a cabeça, a nuca, o frontal e os demais chacras, (o banho deverá permanecer no corpo), vista uma roupa branca. Procure se recolher por uns trinta (30) minutos, mentalizando seu orixá.

Em todos os banhos, onde se usam as ervas, devemos nos preocupar com alguns detalhes :

Ao adentrar numa mata para colher ervas ou mesmo num jardim, saudamos sempre o responsável pelas folhas;
Antes de colhermos as ervas, toquemos levemente a terra, para que descarreguemos nossas mãos de qualquer carga negativa, que é levada para o solo;

Não utilizar ferramentas metálicas para colher, dê preferência em usar as próprias mãos, já que o metal faz com que diminua o poder energético das ervas;

Normalmente usamos folhas, flores, frutos, pequenos caules, cascas, sementes e raízes para os banhos, embora dificilmente usemos as raízes de uma planta, pois estaríamos matando-a;

Colocar as ervas colhidas em sacos plásticos, já que são elementos isolantes, pois até chegarmos em casa, estaremos passando por vários ambientes;

Lavar as ervas em água limpa e corrente;

Os banhos ritualísticos devem ser feitos com ervas frescas, isto é, não se demorar muito para usá-las, pois o Prana contido nelas, vai se dispersando e perde-se o efeito do banho;

A quantidade de ervas, que irão compor o banho, são 1 ou 3 ou 5 ou 7 ervas diferentes e afins com o tipo de banho.

Não usar aqueles banhos preparados e vendidos em casas de artigos religiosos, já que normalmente as ervas já estão secas, não se sabe a procedência nem a qualidade das ervas, nem se sabe em que lua foi colhida, além de não ter serventia alguma, é apenas sugestivo o efeito.

Banhos feitos com água quente devem ser feitos por meio da abafação e não fervimento da água e ervas, isto é, esquenta-se a água, até quase ferver, apague o fogo, deposite as ervas e abafe com uma tampa, mantenha esta imersão por uns 10 minutos antes de usar.

Os banhos não devem ser feitos nas horas abertas do dia (06 horas, 12 horas ou meio-dia, 18 horas e 24 horas ou meia-noite), pois as horas abertas são horas “livres” onde todo o tipo de energia “corre”. Só realizamos banhos nestas horas, normalmente os descarregos com ervas, quando uma entidade prescrever (normalmente um Exú).

Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas, retire o excesso de umidade, já que o esfregar cria cargas elétricas (estática) que podem anular parte ou todo o banho.

Após o banho, é importante saber desfazer-se dos restos das ervas.
Retiramos os restos das ervas que ficaram sobre o nosso corpo, juntamos com o que ficou no chão. E despachamos em algum local de vibração da natureza como, por exemplo, num Rio (rio abaixo), no mar, numa mata, etc.;
Ou até mesmo em água corrente.

CUIDADOS
Nenhum banho deve ser jogado sobre a cabeça, exceto os de ervas ou essências de Oxalá ou dos Orixás que compõe a Tríade da Coroa do médium. Os demais banhos devem ser tomados sempre do pescoço até os pés (Exceto sob determinação específica de um guia, e mesmo neste caso devemos confirmar se entendemos corretamente o solicitado).

Há banhos para todos os Orixás e Entidades e sempre que tiver dúvida consulte-os ou consulte um dos dirigentes da casa sobre o banho a ser tomado.

Muitos banhos têm dia e hora para tomar, portanto, consulte um dos dirigentes da casa se tiver dúvidas.

BANHOS DE DESCARGA

O mais conhecido, e, como o próprio nome diz, o Banho de Descarga (ou descarrego), serve para descarregar e limpar o corpo astral, eliminando a precipitação de fluídos negativos (inveja, ódio, olho grande, irritação, nervosismo, etc). Suprime os males físicos, externamente adquiridos de outrem ou de locais onde estiverem os médiuns. Este banho pode ser utilizado por qualquer adepto da Umbanda, desde que seguindo as recomendações das Entidades/Guias Espirituais, e recomendados pelo seu Pai ou Mãe- de-Santo, com as ervas colhidas nas horas e dias certos.

BANHOS DE RITUAL

É o banho de incorporantes (médiuns de incorporação). Esse banho tem a função de estimular os fluídos da mediunidade, ativando e revitalizando as funções psíquicas para uma excelente trabalho de ritualização dos Guias Espirituais e é também recomendado para activar e afinizar as forças dos Orixás, Protetores de Cabeça e do Anjo-da-Guarda.

BANHOS DE INICIADOS

Este tipo de banho deve ser utilizado nos centros e terreiros de Umbanda, por seus aparelhos, médiuns, iniciantes ou não dentro da Lei da Umbanda. Ele propicia o equilíbrio entre a aura do corpo mental e a aura do corpo astral. Equilibra, de maneira satisfatória, a incorporação das Entidades em seus aparelhos mediúnicos (filhos-de-santo).

É um banho para ser usado com muito critério e cautela, pois para cada tipo de Entidade Espiritual é destinada uma ou várias plantas, num conjunto ritualístico.

Um exemplo de banho de iniciados é o BANHO DE AMACI, aqui especialmente tratado.

BANHO DE AMACI

Este banho somente deve ser preparado por uma Entidade Espiritual ou pelo Guia Chefe do Terreiro, Pai/Mãe-de-Santo, Zelador (a) do Terreiro, Babalaô ou Chefe de Culto. É o banho que pode ser preparado da cabeça aos pés ou simplesmente da cabeça, porque é preparado de acordo com o Santo, Orixá protetor do filho, iniciante na Umbanda. O banho de Amací é próprio para a cabeça, onde reside o nosso Santo Protetor, nosso Guia Espiritual.

Só podem tomar o banho de Amací aqueles que forem freqüentar e desenvolver-se na gira de Umbanda, no Centro ou Terreiro. O próprio adepto não deve nunca prepará-lo e nem tomá-lo em casa; existe todo um ritual para que seja feito o Amací da Umbanda, isto é, ervas selecionadas de acordo com o Santo do Iniciante, bem como dia e hora apropriados, e demais requisitos que o banho exige.

Normalmente, quando o filho esta em dúvida de quem seja seu Pai ou Mãe de Cabeça, recomendo um Amací de Oxalá, o qual rege a cabeça de todos nós, pois queiramos ou não, todos nós somos filhos de Oxalá.

Todos os banhos de descarga devem ser tomados do pescoço pra baixo; só se deve jogar o banho na cabeça quando for indicado pelo Orixá Chefe do Terreiro.

As folhas que caem dos banhos de ervas devem ser recolhidas e despachadas (jogadas) nos locais apropriados, em geral, vasos grandes de plantas, jardins, num rio ou mata, mas nunca no lixo e nem nas ruas.

Há banhos para todos os Orixás e Entidades e sempre que tiver dúvida consulte-os ou consulte um Pai ou Mãe-de-Santo sobre o banho a ser tomado.

Muitos banhos têm dia e hora certos para tomar, portanto, consulte um Pai ou Mãe-de- Santo se tiver dúvidas.

domingo, 24 de agosto de 2014

Simpatia para limpar energias negativas


Esta é uma simpatia passada de geração em geração, e que minha avó sempre indicava para todos.
Nem sempre é necessário um ritual complexo para ter um resultado eficaz, as pessoas mais antigas tinham simpatias boas e funcionais.
E como se sabe que muito banho de sal grosso não é bom, usa-se também, colocar sal grosso em ambientes para purificação do local, e muitas pessoas o fazem.
Vamos então à simpatia!
Quando sentir que seu corpo anda cansado demais, estiver quase doente ou desconfiar que te invejaram por algum motivo, faça o seguinte:
Na hora de dormir, basta colocar debaixo de sua cama um copo com 100ml de água e três colheres de sopa de sal grosso.
Quando fizer a mistura, vá até sua cama mexendo com o indicador o sal na água, e coloque embaixo da cama.
Deixe a noite toda, e no outro dia jogue no vaso sanitário e dê uma boa descarga, este vale como a famosa água corrente.
Com a tal mistura vão todas as energias negativas que, caso continuassem no corpo, ajudariam a desenvolver uma debilidade ou doença (do corpo e da alma).
É impressionante o resultado!

Magia para se livrar de algo


Sempre temos umas coisinhas atrapalhando o desenrolar de algo que queremos muito, ou simplesmente incomodando.
Esta magia serve para se ver livre de pessoas, objetos ou até mesmo situações.
Você vai precisar de um papel sem pauta virgem, um lápis, uma vela (acesa), uma pinça e muita vontade de ser ver livre de alguma coisa.
Não tem dia certo nem horário, basta sua força de vontade.
No papel escreva bem nítido o que você quer que desapareça da sua vida.
Dobre em dois, e com o auxilio de uma pinça, segure bem na pontinha e queime, deixando virar cinzas em um pires, panela, seu caldeirão, enfim, onde der para você retirar e colocar na palma de sua mão.
Enquanto queima mentalize seu desejo realizado!
Feito?
Agora, com as cinzas na mão, vá até um local onde bata muito vento, pense em Paralda (Rei dos Silfos) e peça sua presença.
Aos poucos, esfregue as cinzas de sua mão deixando sair aos poucos ao vento e diga:
“Vento que passas,Leva contigo este pedido,Que em pó transformei,Não quero (……….) mais.
Leva e me livre disto,Pois hoje vou dormir,E amanhã (……….),Será somente lembranças.
Silfos amados,Levem com sua força,E deixem no deserto,Agora é tudo que peço!
Que assim seja!Assim será!”
Quando estiver satisfeito(a), agradeça a presença de Paralda, e aguarde o resultado certeiro!

Magia de amor com maçã e mel


Você vai precisar de; uma maçã (bem vermelha), um pires, uma vela rosa e uma colher de sopa de mel.
Em um mês no qual a Lua Cheia durar 7 noites, na primeira noite de Lua Cheia faça um buraco em uma das extremidades de uma maçã bem vermelha, arrancando a polpa. Tenha o cuidado para não danificar a maçã.
Em seguida coloque a fruta sobre um pires e fixe uma vela rosa no orifício formado na maçã.
Derrame o mel na maçã dizendo:
“Que esta maçã me traga o amor, e que este mel me sirva com louvor para o amor”.
Depois repita três vezes com fé:
“Eu tenho sorte no Amor”.
Acenda a vela e deixe-a queimar até acabar.
Essa magia deverá ser repetida por três dias sempre com a mesma fruta, mas trocando as velas a cada dia.
Passado esse período, guarde a maçã por mais três dias e no sétimo dia enterre-a numa praça ou num jardim.
IMPORTANTE: O Ritual não pode alcançar a Lua Minguante, portanto só faça quando a Lua Cheia durar 7 Noites e enterre a maçã exatamente na 7a. noite.

Dicas de Magia


As magias podem ser poderosas e com resultados muito satisfatórios para a finalidade que pretendemos alcançar através delas. Mas para dar certo, devemos considerar uma série de fatores que são obrigados a cumprir. Depende muito de 100% de satisfação para os nossos interesses.
Aqui estão algumas dicas para fazer suas magias ter o efeito desejado:
Primeiro de tudo, você deve ter fé no seu feitiço. Não pode haver qualquer dúvida sobre o resultado da magia, e saber que a falta de confiança pode destruir a mesma. A fé e o espírito positivo são as energias necessárias para o ritual ser observado pelo seu autor. Lembre-se, total confiança no que você está fazendo.
Mantenha o seu propósito claro, e se isso é algo que você realmente quer tem que sair das profundezas do seu coração.


Por favor, seja paciente. A magia não é instantânea. O tempo que leva para fazer o seu efeito mágico é incalculável, pois depende das condições que cercam a finalidade para a qual se destina.
Isso sim, isso é muito importante lembrar como conselho: Mantenha a fé. A magia é efeito! Conte com a magia realizada.
Você não deve comentar com ninguém que você executou o ritual, pois seria muito prejudicial para você. Ao comentar sobre com outras pessoas, podem entrar ondas negativas em nosso objetivo e no processo todo.
Você deve preparar e executar a magia, pré elaborando, e você deve evitar interrupções. Então desligue o telefone, faça-o quando ninguém está em casa, e assim por diante. É melhor para evitar surpresas de última hora, por este motivo é que as bruxas sempre realizam seus rituais à noite.
E o mais importante: “Amor”, é, muito amor no coração, porque sem maldade ou impureza, fica difícil de errar.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O PODER DAS VELAS NA UMBANDA.

Para que servem?
Velas coloridas?
Queimar embaixo para fixar?
Acender onde (dentro de casa pode?) (no alto ou no chão)?
Acender vela de cabeça para baixo?
Copo d´água ao lado da vela? Porque?
Dentro da magia universal as velas foram sempre utilizadas na maior parte dos rituais em que se precisa realizar algum contato com forcas superiores ou inferiores, isto, claro, dependendo da moral de quem vai se utilizar das forças mágicas, já que magia não pode ser distinta de forma especifica em branca ou negra (ou como queira os puristas : Teurgia e Goecia), pois estes aspectos são facetas interiores daquele que pretende mobilizar certas forcas cósmicas. Nos terreiros, há sempre alguma vela acesa.

A função da uma vela, que já foi definida como o mais simples dos rituais,é, no seu sentido básico,o de simplesmente repetir uma mensagem, um pedido.
A pessoa se concentra (passo fundamental no ritual de acender velas. O pensamento mal direcionado, confuso ou disperso pode canalizar coisas não muito positivas ou simplesmente não funcionar. Diz um provérbio chinês :
“cuidado com o que pede, pois poderá ser atendido no que deseja e a função da chama é o de repetir, por reflexo, no astral, a vontade e o pedido do interessado.
Existem diversos fatores dentro da magia no tocante ao numero de velas a serem acesas e outros detalhes que dizem respeito apenas aos iniciados e mestres.
Os verdadeiros médiuns podem, se quiserem ou melhor ainda, se merecerem, aprender tudo sobre que suas entidades acharem por bem transmitir-lhes.
Não temos uma noção exata, de quando se iniciou o uso das velas religiosamente, mas seja em uma vela feita em parafina, cera, ou uma lamparina, esta chama possui um calor e luz, e faz assim chamar a nossa atenção para irmos de encontro com o nosso íntimo, buscarmos respostas e entrando em sintonia com os seres que nos são afins…
O ato de acender uma vela, deve ser um ato de fé, de mentalização e, concentração para a finalidade que se quer. É o momento em que o médium faz uma “ponte mental”, entre o seu consciente e o pedido ou agradecimentos à entidade, Ser ou Orixá, em que estiver afinizando.
Muitas médiuns acendem velas para seus guias , de forma automática e mecânica, sem nenhuma concentração. É preciso que tenha-se consciência do que esteja-se fazendo, da grandeza e importância (para o médium e Entidade), pois a energia emitida pela mente do médium, irá englobar a energia ígnea (do fogo) e , juntas viajarão no espaço para atender a razão da queima desta vela.
Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo uma chama de vela cheia de calor, ela tem amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a esperança a fé e o amor.
Quem usar suas forças mentais com ajuda da “magia”das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo de energia, ou seja, se o seu pensamento estiver negativo (pensamentos de ódio, vingança, etc…) , e utilizar para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será Infalível, e as energias de retorno serão sempre maiores, pois voltarão com as energias de quem as recebeu.
A intenção de acendermos uma vela, gera uma energia mental no cérebro; e essa energia que a entidade irá captar em seu campo vibratório. Assim, mais uma vez podemos dizer que: Nem sempre a quantidade está relacionada diretamente à qualidade, a diferença estará na fé e mentalização do médium.
Desta forma, é inútil acreditar que, podemos “comprar favores”de uma entidade, negociando com um valor maior de quantidade de velas….
Os espíritos, captam em primeiro lugar, as vibrações de nossos sentimentos, quer acendamos velas ou não!
Aconselhamos a todos que , ao menos semanalmente acendam uma vela branca (ou sete dias), para seu Anjo de Guarda. É uma forma de mantermos um “laço íntimo”, de aproximação.
Em paradoxo, aconselhamos que se desejarem acender velas para um ente querido , já desencarnado, o façam em um lugar mais apropriado ( cemitério, igreja) e não dentro de vossas casas; isto porque , ao mentalizarmos o desencarnado, estamos entrando em sintonia com ele, fazendo a ponte mental até ele, deixando este espírito literalmente, dentro de nossas casas. O que não seria o correto, pois estaríamos fazendo com que fique mais “preso” ao mundo carnal, atrasando assim a sua evolução espiritual. Agora ao fazermos isso em um local apropriado, estes locais já possuem “equipes de socorristas” e doutrinadores, na qual irão ajudá-lo na compreensão e aceitação de seu desencarne (morte).
Vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo.
Iluminadas, são ponto de convergência para que o umbandista fixe sua atenção e possa assim fazer sua rogação ou agradecimento ao espírito ou Orixá a quem dedicou.
Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa forma, o corpo ao espírito.
Acho que um trecho merece especial destaque:
Muitas médiuns acendem velas para seus guias , de forma automática e mecânica, sem nenhuma concentração. É preciso que tenha-se consciência do que esteja-se fazendo, da grandeza e importância (para o médium e Entidade), pois a energia emitida pela mente do médium, irá englobar a energia ígnea (do fogo) e , juntas viajarão no espaço para atender a razão da queima desta vela.
Depois de um tempo, alguns médiuns começam a acender velas pros guias e orixás, nas firmezas de início de trabalho, por exemplo, de forma quase que mecânica. Como acaba se tornando uma rotina, alguns esquecem, mesmo, que cada vez que se acende uma vela, se está praticando um pequeno ritual.
Assim, é super importante manter a concentração naquele momento e, sobretudo, a fé. Se o ato de acender uma vela é a abertura de um canal com o guia ou orixá, certamente a forma como ela vai ser acendida estabelece as condições desse canal.
Quando a vela está relacionada a um pedido em especial, mais uma vez a fé e a concentração são essenciais. Podem, mesmo, significar a diferença entre se obter o resultado almejado ou não.
Quando acendemos uma vela imantamos ela mentalmente com uma determinada intenção acompanhada de sentimentos a qual passa a ser uma fonte emissora repetitiva desta intenção e sentimento enquanto acesa. Ocorre que por vezes espíritos em condições ainda sofríveis e necessitando de auxílio podem ali se achegarem tanto para tentar absorver parte desta emissão ou na esperança que se alguém conseguiu ali alguma ajuda ou alívio poderia eles também adquirir esta graça.Não que tenham más intenções mas a simples presença deles(ou um apenas)por estarem ainda em desequilíbrio podem afetar a harmonia do ambiente.Portanto é mais fácil evitar-se tal prática do que estar sempre sujeito a doutrinar constantemente tais espíritos visto que em nossa casa não é o local propício para tal prática caritativa até por segurança. Explicasse aí as restrições feitas pela parte da Espiritualidade que atua junto ao Espiritismo quanto a evocações com intenções de doutrinação em reuniões familiares, pois bem, o acender velas é uma forma de evocação inconsciente também.
As velas acesas fora de casa não trazem qualquer problemas de ordem espiritual; Nossos lares, desde que respeitando o mínimo de harmonia e equilíbrio, possuem uma proteção natural advinda da Espiritualidade que impedem o acesso de espíritos ainda em perturbação espiritual de qualquer nível.
O uso magístico das velas remonta desde os tempos antigos o qual a Igreja Católica combateu veemente com Tertuliano(200 dC) e Lactâncio(300 dC) por acreditarem ser um costume pagão só aparecendo nos altares a partir do século 4 até chegar ao uso popular motivado pelas mais diversas banalidades.Também foi a forma que religiosos da Idade Média adotaram para desacreditar os poucos conhecedores de sua magia pois assim como o ditado” quem conta um conto aumenta um ponto”, os leigos acrescentariam infantilidades e absurdos como também retirariam conceitos valiosos e indispensáveis, porque a Igreja já perdia seu feudo intelectual(lembremos de Galileu,Copérnico e dos contatos com povos com culturas diferentes dos europeus)e como todo ensinamento esotérico é oral, esta seria a forma ideal de deturpar tais ensinamentos.Resultado disto foi o uso indiscriminado das velas onde talvez 90% dele é totalmente inócuo sem qualquer resultado, 8% com resultados parciais e 2% com sua eficiência máxima.
Um ponto interessante de se ressaltar é que as velas(lucernae) também são conhecidas por candeias e o dia consagrado as candeias é 2 de fevereiro(lembram da Festa da Candelária que festeja-se Nossa Senhora das Candeias que também existe o sincretismo com Yemanjá onde vários pontos falam da “estrela brilhar no alto mar”? As velas ou candeias sempre foram representações da luz das estrelas na Terra.)
As chamas das velas sempre tiveram vários significados: A luz divina, a luz do conhecimento que dissipa as trevas da ignorância, a luz que guia os desencarnados,o fogo purificador com o poder de consumir as energias negativas, o símbolo da letra Hebraica Iod que representa Deus, etc.
Quanto as velas para Anjo da Guarda e Orixás existe uma diferença embora Eles situam-se no mesmo plano evolucional.As velas para Anjos da Guarda são invariavelmente de cor branca podendo ser acesas no interior de nossas casas; Já as velas para Orixás deve-se respeitar as cores em que vibram e somente acendemos no interior de nossas casas se possuímos um Altar com a representatividade Deles (sejam imagens ou elementos naturais -pedra> Xangô – ferro>Ogum -água de cachoeira> Oxum, etc) devidamente entronizada, caso contrário devem ser acesas nos campos vibratórios de cada um(Xangô>pedreira – Ogum> centro de encruzilhadas – Oxum> cachoeiras,rios ou lagos – etc). Na Umbanda quando você acende velas para Orixás ou é como oferenda ou como obrigação e por isso tanto uma como outra só é bem feita quando obedecemos os rituais e normas do Sagrado pois mesmo que tenhamos a melhor das intenções ela não modificará o fato que se deitando uma oferenda ou obrigação de forma e/ou local errados terá sido em vão.
Poucas pessoas fazem a entronização das imagens em um Altar particular já que em casa não há como firmar os pontos de segurança e irradiação,comuns e necessários nos Templos sérios e honestos porém inviáveis em solo não sagrado e fundamentado. Daí salientamos que em casa devemos ter imagens devidamente cruzadas pelo Mentor Espiritual do Templo;Desta forma as imagens deixam de ser peças decorativas sendo assim entronizadas como parte do Sagrado em nosso lar e além da vela de nosso Anjo de Guarda,a vela direcionada ao Criador assume a função de “ponto de luz irradiante individual”e/ou “ponto de luz irradiante ambiental” e não de “ponto de luz atrativo” ou “ponto de luz emissor magnetizado”.
Irradiante Individual= Serve de ponte entre o ápice da Espiritualidade Superior e para a pessoa que acende ou para quem se acende,onde a energia enviada do Astral Superior irradia na direção da Coroa de quem acendeu ou da Coroa para quem se acendeu.
Irradiante Ambiental= Serve também de ponte só que a energia irradia na direção do ambiente(é o caso da vela acesa no topo do altar dos Templos).
Atrativo=Obedecendo algumas regras magisticas servem para invocar.

Emissor Magnetizado= São as velas que acendemos para efetuar pedidos ,agradecimentos ou intenções.
Assim como nós, adeptos e Guias da Umbanda fazemos o uso adequado das velas no sentido da caridade, da gratidão e da solicitação de ajuda, existem aqueles que em locais duvidosos distantes das práticas morais elevadas também fazem uso delas para práticas condenáveis que visam o prejuízo do próximo, onde a prática da magia negra é comum como, por exemplo, no quase extinto Banguelê onde fabricam as velas manualmente à base de gorduras de determinados animais, pavios à base de crinas ,cabelos ,cipós e/ou raízes para que em conjunto com conjuros e sinais traçados atentam contra a integridade física e/ou espiritual de alguém .
Velas coloridas relacionam diretamente com a Linha que a Entidade que trabalha da mesma forma que as pembas.O seu uso depende das normas ritualísticas do Templo que pode adota-las freqüentemente, em ocasiões especiais ou sequer utiliza-las. A correspondência cor-Orixás e falanges com algumas variações normalmente são:
Oxalá= Branca
Oxossi= Verde
Xangô= Marrom ou vermelho e branco.
Ogum=Vermelha branca e verde,vermelha e verde .
Yemanjá= Azul claro.
Oxum=Amarelo ou Dourada,amarela e branca.

Iansã= Vermelha e branca ou vermelha.
Omulú=Branca/vermelho/preto e Roxo
Nana = Lilás.
Cosme,Damião e Doun= Rosa,Branco e Azul Claro
Pretos Velhos = Branca,preta/branca(bicolor)
Caboclos= Verde, Marron, Vermelha, Amarela,Branca
Marinheiros= Azul , Branca
Boiadeiros= Marron, Branca,amarelo/preto(Bicolor),Branco e Preto(Bicolor).
Baianos= Amarelo,Amarelo/Preto(Bicolor),Vermelho.
Orientais = Amarela ,Branca
Exus= Vermelha,Preta ,Branca

Pomba Giras=Vermelha preta e vermelha,branca e preta.
O melhor lugar pra acender velas pra Orixás seja o reino de cada um. Só que, infelizmente, nem sempre isso é possível.
1 – Digamos que alguém não tenha um altar devidamente preparado em casa (com os elementos próprios, como você mencionou no texto), quais as implicações de acender velas pros seus orixás dentro de casa? Se houver concentração e fé por parte de quem oferece/acende a vela, ainda assim ela se tornará um ponto de atração para algum espírito necessitado de ajuda?
2 – E se, nas mesmas condições, a vela for acesa por um médium que tem suas próprias firmezas, rituais, etc.?
3 – No meu terreiro orienta-se que, quando a pessoa (que não tenha suas firmezas) for acender uma vela sem que tenha sido por ordem/pedido de uma entidade, que acenda somente a de cor branca. Qual a interferência da cor,se houver, nesse caso?
Acredito que a vela para o Orixá é como para o Anjo da Guarda,ou seja, uma vez acesas dentro de casa num local acima de nossas cabeças não haveria qualquer problema porque o canal vibratório de comunicação pessoa-Anjo ou Orixá não seria atrativo devido ao alto teor espiritual.Pode partir(iniciar) de um ser imperfeito(nós) porém é dirigida a um plano espiritual de altíssima elevação e creio que por isso possa não só ser percebido astralmente por espíritos em desequilíbrio como também agiria como uma defesa natural para nosso lar.

Creio também que nas condições descritas pela irmã,a vela branca é sempre a mais indicada.
Contudo o mais prudente de nossa parte é sempre nos aconselharmos junto ao Mentor Espiritual de nosso Templo(Guia Chefe) sobre para quem, quando,como , com que freqüência e de que tipo de vela podemos acender;Afinal, se estamos em um Templo,parte de nossa segurança é promovida também pelos Guias responsáveis por ele e tenho a certeza absoluta que esses dedicados e amorosos Guias terão a maior disposição e satisfação em orientar-nos.São os Guias os nossos verdadeiros Mestres que sabem com exatidão o que é melhor para nós. Posso eu aqui encontrar um milhão de impedimentos e se um Guia disser “faça que eu protejo”, simplesmente meu um milhão de impedimentos perdem totalmente seu valor. Lógico que aqui falo de Guias que manifestam nos Templos sérios e honestos de nossa querida Umbanda.
Então quando diz ser desaconselhável acender as velas em casa, refere-se a entidades?
Sabe, isso levanta uma questão interessante: até que ponto a concentração e fé de quem acende a vela influencia e até que ponto ela, por si, não é suficiente para que se atinja o fim desejado (ou para que quem receba a referida vela seja aquele a quem a dirigimos)?
Não sei se consegui me explicar bem, mas entendo assim… de um lado, você tem a concentração e a fé (não dá pra dispensar essa, já que pode ser fator decisivo), mas de outro tem a abertura de canais, a preparação do médium com as suas firmezas e demais rituais.
Com certeza o ideal é que se tenha as duas coisas, mas me pergunto qual o peso de um e de outro nesse momento.
O que acham?
Alguém saberia explicar qual o significado do derretimento das velas, pois alguns dizem que dependendo da forma que ela derrete tem um significado diferente, certa vez meu pai acendeu uma vela para xangô e a cera da vela formou uma imagem parecida com a imagem por nós sincretizadas de S.Gerônimo. Certa vez minha prima perdeu um filho na véspera do parto e ao acender uma vela para o anjo de guarda dele, a vela se derreteu formando um feto preso pelo pescoço com um cordão, o bebê tinha falecido por asfixia causada pelo cordão umbilical…

__________________________________________________________________________________

A vela significa luz, atua no éter de quem recebe suas irradiações ígneas e é um simples, mas poderoso instrumento. Tal como o incenso, uma vela acesa altera o estado energético de um ambiente ou de uma pessoa. Quando está acesa, durante o dia ou noite, além de enviar nossas intensões como luz que toca outra luz em vário níveis, ela se torna uma energia contínua de nossas orações, ela se torna a vigília de nossos pensamentos, pois sempre que passarmos por ela seu brilho chamará nossa consciência de volta para o propósito de nossa solicitação ou pensamento e a sua luz atuará como um laser para concentrar a energia de nossas intenções. Portanto ela ativa nossa fé nos mantendo em sintonia com o Plano Astral Superior e é fato que uma vela acesa positivamente atrai os bons espíritos para perto. Na realização de uma oferenda as velas acesas ativam e potencializam nossas intenções.



É importante saber também que uma simples vela consiste na união dos quatro elementos. O elemento terra, ou energia telúrica, é representado pela parafina que vem do petróleo, das profundezas do planeta; o elemento ar, com a energia eólica, é representado pela fumaça que a vela exala, ainda que tênue; o elemento fogo, ou energia ígnea, é representado pela chama da vela e, finalmente, o elemento água, e a energia mineral, é representado pela combustão dos materiais da vela onde se desprendem moléculas de hidrogênio que se combinam com o oxigênio e formam a molécula de água no estado gasoso.
Além de todas essas vibrações, energias e elementos temos também a questão da pigmentação da vela onde a cor, com base na cromoterapia, mexe com nossas vibrações mental e energética. Por exemplo: a vela branca, que representa a união de todas as cores, é purificadora, traz a sensação de limpeza, claridade e estimula a criatividade; a vela amarela simboliza a alegria de viver e o alto astral; a vela cor de rosa abre o coração e estimula todas as formas de inspiração e amor, traz conforto e aconchego à alma; a vela vermelha simboliza o dinamismo, a força e a coragem e é uma boa pedida para quem está deprimido ou sem ânimo para nada; a vela azul clara traz paz e tranquilidade, estimula o crescimento pessoal e melhora o auto controle; a vela verde representa a esperança e a abundância, estimula momentos de paz e cura, traz tranquilidade e acaba com as tensões.




Espero que vocês tenham conseguido entender um pouquinho deste importante fundamento umbandista, mas como conhecimento nunca é demais, saliento que este é um assunto legal para se estudar mais afundo e detalhadamente.



AS VELAS E OS ORIXÁS.
As velas são ferramentas de ligação com nosso Pai Criador e suas Divindades.
Ao acender velas criamos elos de ligação com nossos Orixás, Guias, Mestres e Mentores.
As chamas das velas acompanham as religiões ao longo da história da humanidade. Elas fornecem amparo e aquecem nosso espírito, promovendo bem estar a quem as utiliza.
Seja de maneira magística ou religiosa a utilização das velas propaga energias e se firmadas com propósito desencadeiam ações fantásticas em nosso benefício e em benefício de nossos semelhantes.
Nunca devemos esquecer de verbalizar nossos desejos, pois o verbo é movimento e realização, e o fato de verbalizarmos nossos desejos estamos programando ações e ligações divinas.
As velas dedicadas aos Divinos Orixás unidas ao conhecimento dos fatores de Deus promovem ações realizadores na vida daqueles que tem fé e acredita no grande poder dos Sagrados Pais e Mães Orixás.
Abaixo descreverei as cores das velas bem como o campo de atuação de cada um de nossos Sagrados Papais e Mamães.
Pai Oxalá
Velas: Branca, e em casos específicos prata.
Campo de Atuação: Pai Oxalá é a própria plenitude de Deus, os pensamentos de Deus refletem em Oxalá. Podemos dedicar velas em diversos casos pois Oxalá é o Pai Universal da Umbanda. Porém Oxalá é o trono Masculino da Fé, e em casos de falta de confiança, necessidade de congregar valores ou até apatia ante as coisas religiosas, podemos recorrer e este Divino Pai.
Mãe Oyá-Tempo
Velas: Acende-se velas branca e vermelhas
Campo de Atuação: Mãe Oyá é o Trono Feminino Fé. Senhora do Tempo, é bom lembrar que não estamos nos referindo a fenômenos climaticos e sim o Tempo de Eras. Acendemos vela á Mãe Oyá para combater desajuste na fé, como o fanatismo ou até mesmo a fé apática, essa Mãe Orixá também é invocado em casos de obsessãoou atuação de espíritos negativos.
Mãe Oxum
Velas: amarelas ou branca e amarela.
Campo de atuação: Mamãe Oxum, como é carinhosamente chamada na Umbanda é o Trono Feminino do Amor, quando nos referimos a Amor, não destacamos somente o Amor entre homem e mulher, mas sim o amor de Deus, amor no seu sentido amplo e universal. Podemos rogar a Mãe Oxum união para nossa família, dissipação do ódio e do ciúme, agregação de fatores positivos, prosperidade material e espiritual. Mãe Oxum também é a Senhora da Concepção, portanto em casos de infertilidade podemos pedir seu auxílio, ou até mesmo na hora de conceber projetos, idéias e ações esta amada e Divina Mãe Orixá nos ampara sempre.
Pai Oxumaré
Velas: Azul-Celeste ou verde amarelo
Campo de Atuação: Pai Oxumaré é o Trono Masculino do Amor, seus dois principais fatores são: Diluidor e Renovador.
Este amado Pai Orixá atua em nossas vidas diluindo os excessos e desequilíbrios e renovando nossas vidas, os meios de vida eaté mesmo os sentidos, para que possamos retomar nossa caminhada evolutiva. Diluição e Renovação são duas das palavras chaves para pedidos de auxílio deste Amado Orixá.
Pai Oxumaré teve por aqueles que nada sabem seus atributos e atribuições deturpados, porém gostaria de esclarecer que Pai Oxumaré é um Orixá Masculino e não seis meses macho-seis meses fêmea como muitos dizem por aí.
Pai Oxóssi
Velas: Verde-Escuro
Campo de atuação: Pai Oxóssi é o provedor de toda a aldeia, caçador ágil e tenaz.
Evocamos este Sagrado Orixá, para que haja fartura em nossa mesa, que não nos falte o alimento para o corpo e a alma. Pai Oxóssi é o Trono Masculino do Conhecimento, portanto atua na expansão de nosso conhecimento e como caçador representa a busca incessante pelo conhecimento.
Mãe Obá
Velas: Magenta ou rosa.
Campo de atuação: Mãe Obá é o Trono Feminino do Conhecimento, Senhora da Verdade, evocamos esta amada Mãe quando queremos que a Verdade se faça presente em nossa vidas. Se Oxóssi é a expansão do Conhecimento, Mãe Obá é a fixação deste conhecimento,portanto podemos evocar esta Divina Orixá quando tivermos problemas nos estudos,acender uma vela antes de uma prova para que consigamos fixar conhecimento.
Pai Xangô
Velas: Marrom, Vermelha e branca.
Campo de atuação: Pai Xangô é Trono Masculino da Justiça. Senhor do equilíbrio e da Razão, Pai Xangô pode nos auxiliar em casos de ações judiciais, e em pedidos para que possamos recuperar nosso equilíbrio e razão. Devemos clamar pela misericórdia de Xangô e evitarmos clamar sua justiça, pois afinal somos todos devedores.
Mãe Egunitá
Velas: Laranja
Campo de Atuação: Trono Feminino da Justiça, Mãe Egunitá é o próprio fogo consumidor. Mãe Egunitá é a ação implacável da Justiça e da Lei. Devemos evocá-la em casos de desequilíbrios, obsessões, e etc...
Mãe Egunitá é o fogo que consome,mas que também aquece nas horas de dificuldades, evocamos os seu fogoabrasador para nos defender das injustiças e daqueles que desejam por venturanos prejudicar.
Pai Ogum
Velas: verde vermelha e branca ou vermelho e verde.
Campo de Atuação: Trono Masculino da Lei, Ogum é o Defensor e Guardião de toda a Criação Divina. Ela é a própria ordem Divina de tudo e de todos.
Senhor de todos os caminhos, podemos pedir a abertura de nossos caminhos, além de amparo, proteção e defesa contra todo e qualquer mal.
Mãe Iansã
Velas: vermelha e branca ou vermelha.
Campo de atuação: Trono Feminino da Lei, Mãe Iansã é a Senhora dos Axés, pois não há a propagação dos axés sem o direcionamento e movimento de Iansã.
Mãe Guerreira e Defensora da Lei, podemos clamar sua proteção. Iansã é a direção, é a Luz no fim do túnel, é também esta Mãe Orixá que direciona os espíritos récem desencarnados aos seus lugares de merecimento.
Portanto, quando estivermos sem rumo ou direção podemos clamar o auxílio desta amada e Divina Mãe Direcionadora.
Pai Obaluaiyê
Velas: Preta e Branca, Violetas, Brancas
Campo de Atuação: Trono Masculino da Evolução, Senhor da Sabedoria. Pedimos o auxílio de Pai Obaluayê para nos dotar de sabedoria, para aquietar nosso íntimo e emoções turbulentas, pois Obaluaiyê é também o Senhor da Quietude, afinal o silêncio é a oração dos sábios.
Orixá da Cura de todas as doenças que possam afetar o corpo e a alma, pode recorrer ao seu poder curador em casos de doenças físicas, emocionais e espirituais.
Pai Obaluayiê tem como um de seus muitos fatores a Transformação, portanto podemos rogar a este Pai Amoroso a transformação de nosso negativismo, ou de qualquer coisa que possa ser transformada em nossa vida, para que possamos evoluir de fato.
Mãe Nanã
Velas: Lilases e Brancas
Campo de atuação: Trono Feminino da Evolução Mãe Nanã é a Senhora do Saber, da Maturidade. Essa Mãe Orixá atua decantando de nossas vidas todos os males.
O significado da palavra decantar é: Separar, por gravidade, impurezas sólidas que se contenham em um líquido. Portanto Mãe Nana atua purificando nossa alma e sentimentos a fim de livrar-nos dos males que possam afligir nossa mente e espírito.
Mãe Iemanjá
Velas: Azuis-Claras
Campo de Atuação: Trono Feminino da Geração, Mãe Iemanjá é a Matriz Geradora de todas as coisas geradas por Deus.
Senhora da Criatividade e Mãe das oportunidades, podemos clamar seu auxílio para que gere o necessário em nossas vidas para continuarmos nossa caminhada ao nosso Pai Criador.

Pai Omolu
Velas: Roxas
Campo de atuação: Trono Masculino da Geração. Pai Omulu é o punidor de todos aqueles que cometeram atentados contra a vida. Um de seus fatores éo paralisador de excessos.

FUNDAMENTO DAS GUIAS NA UMBANDA.




Fundamentos das Guias Por Rubens Saraceni O texto é parte integrante do Livro "Formulário de Consagrações Umbandistas" do Autor Rubens Saraceni / Ed.Madras

O uso de colares, pulseiras e talismãs é tão antigo quanto a própria humanidade.

Todos os povos antigos pesquisados adotavam o uso de colares confeccionados com pedras roladas, seixos, dentes de animais, pérolas, penas, sementes, pedaços de ossos ou de madeiras esculpidas, conchas, unhas de certos animais, cabelos humanos ou crinas de animais trançados, etc.

São tantas as coisas usadas na confecção de colares que não nos é possível listar todas.

O uso com respeito de colares confeccionados de forma rudimentar se perde no tempo, tendo começado em eras remotas, quando ainda vivíamos em cavernas ou éramos nômades, mas precisávamos de protetores contra o mundo sobrenatural inferior ou contra o perigo de animais e insetos venenosos ou os malefícios feitos por outras pessoas, etc.

Então, que fique claro aos umbandistas que o uso de colares ou "guias de proteção" não é uma coisa só da Umbanda ou dos cultos afros aqui estabelecidos. Inclusive, os índios americanos também usavam e ainda usam colares, braceletes, pulseiras e talismãs, tal como fazia e faz o resto da humanidade.

Os padres da Igreja Católica usam rosários, crucifixos pendurados no pescoço (um colar, certo?), escapulários, etc., assim como todos os sacerdotes da maioria das religiões atuais o fazem com seus colares consagrados.

Enfim, não há nada de excepcional, incomum ou fetichista no fato de os médiuns umbandistas usarem colares de proteção ou de trabalhos espirituais quando incorporados pelos seus guias.

O uso de colares era tão comum na Antiguidade que originou a ourivesaria e a joalheria como indústrias manufaturadoras de colares, pulseiras, braceletes, talismãs, tiaras, etc., para atender aos sacerdotes e aos fiéis mais abastados que preferiam ter objetos de proteção confeccionados com pedras e metais preciosos e de difícil aquisição pelo resto dos membros dos clãs ou tribos do passado.

Reis, rainhas, príncipes, imperadores, ministros, etc., que formavam a elite dos povos antigos, não usavam colares comuns ou de fácil confecção, mas recorriam a artesãos especializados para confeccioná-los, tomando a precaução de terem colares únicos e de mais ninguém.

Cadáveres eram enterrados com colares, talismãs, etc., pois precisavam proteger seus espíritos no mundo dos "mortos", assim como haviam precisado deles aqui no mundo dos "vivos", e isso acontece até os dias de hoje na cultura ocidental cristã, na qual o uso antigo de colares mágicos e protetores perdeu seus fundamentos, sendo substituídos por gravatas, lenços, cachecóis, fitas, etc. que envolvem o pescoço dos vivos e dos cadáveres, certo?

Portanto, irmãos(ãs) umbandistas, não se sintam constrangidos(as) por usar em público colares ou "guias", pois não é em nada diferente do que todo mundo faz.

Bem, até aqui só comentamos o que é história e fato comprovável observando os sacerdotes e fiéis de todas as religiões que, sem se aperceberem disso, usam esse recurso mágico para se proteger do mundo sobrenatural.

Logo, o uso de guias ou colares, braceletes, pulseiras, tiaras (proteção à cabeça ou coroa), etc. tem fundamento mágico e deve ser entendido e aceito por todos os umbandistas como um dos fundamentos mágicos da nossa religião. Desde o seu início, fomos instruídos a usá-los pelos nossos guias espirituais, que os consagram e os usam durante os passes mágicos-energéticos dados nos consulentes em dias de trabalho.

Só que a maioria dos umbandistas compra colares, braceletes, pulseiras, talismãs, etc. sem saber ao certo quais são seus poderes ou usos mágicos. E vemos muitos médiuns com muitos colares belíssimos no pescoço mas que, se perguntados sobre o porquê de usarem tantos de uma só vez, responderão que seus guias espirituais lhes pediram.

E, se perguntados sobre os fundamentos de cada um deles, infelizmente não saberão dizer quais são, porque isso não é ensinado regularmente na Umbanda e o pouco que sabem foi ensinado por seus guias espirituais.

Na Umbanda não existem muitas pessoas preocupadas com os seus fundamentos divinos, espirituais, mágicos, litúrgicos, etc., e todos querem "resultados" e ponto final.

Só que isso, essa falta de preocupação com os fundamentos, está deixando de lado importantes conhecimentos e fazendo com que objetos mágicos sagrados sejam utilizados de forma profana e objetos profanos sejam usados como se fossem sagrados, pois já não há informações correntes e de fácil acesso aos médiuns umbandistas, ensinando-os corretamente e esclarecendo sobre quando e como usar colares, braceletes, pulseiras, talismãs, etc.

E não adianta os mais "antigos" ficarem contrariados por essa nossa afirmação, pois ou não sabiam quais eram esses fundamentos, e por isso não ensinaram aos seus filhos-de-fé ou então, se sabiam e não ensinaram, são os responsáveis pelo que está acontecendo com os novos umbandistas, que não têm quem ensine nada a respeito, certo?

Bem, vamos aos fundamentos ocultos dos mistérios dos colares, dos braceletes, das pulseiras, dos anéis, das tiaras e dos talismãs e como consagrá-los corretamente, beneficiando-se do poder de realização que adquirem quando isso é feito por eles.

1º – Um colar, anel, bracelete, pulseira e tiara ou "coroa" é em si um "círculo".

2º – Por círculo estável entendam aquele que tem forma imutável (anéis e coroas).

3º – Por círculo maleável entendam aquele que é flexível e movimenta-se, abre-se ou fecha-se segundo os movimentos do seu possuidor, (colares, braceletes e pulseiras).

4º – O círculo é um espaço mágico. E, porque é um, então pode ser consagrado e usado para uma ou mais funções pelo seu possuidor porque torna-se em si um espaço mágico ativo e funcional muito prático e fácil de ser usado.

5º– É certo que esse fundamento só era conhecido dos grandes magos da era cristalina e perdeu-se quando ela entrou em colapso, restando o conhecimento aberto ou popular de que eram poderosos protetores contra inveja, mau-olhado, fluidos e vibrações negativos, encostos espirituais e magias negativas.

6º – O conhecimento popular perdurou e acompanhou a evolução da humanidade, e várias fórmulas consagratórias foram desenvolvidas no decorrer dos tempos por magos, inspirados pelos seus mentores espirituais.

7º – Essas fórmulas consagratórias "exteriores" ou exotéricas puderam ser ensinadas e perpetuadas, auxiliando a humanidade no decorrer dos tempos.

8º – Mas, lembrem-se disto: são, todas elas, apenas fórmulas consagratórias exteriores ou exotéricas e cujos fundamentos ocultos não foram revelados.

9º – Assim, porque os fundamentos ocultos não foram revelados, o poder dos colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras e coroas só tem sido usado como protetores... e nada mais.

10º – A Umbanda, derivada dos cultos religiosos indígenas, afros e europeus, adotou o uso de colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas, etc. ainda que seus adeptos nada soubessem sobre os fundamentos mágicos secretos existentes por trás de cada um desses objetos. Índios brasileiros, negros africanos, brancos europeus ou mesmo hindus cheios de colares no pescoço, pouco ou nada ensinaram sobre a consagração interna ou esotérica que dariam a esses objetos (e outros, às imagens inclusive) um poder de realização tão grande que não seriam vistos apenas como adereços ou fetichismo e sim com respeito e admiração por quem olhasse para eles ou os visse de relance.

11º – Que alguém, umbandista ou não, diga-nos se algum dia leu ou ouviu de outrem algo sobre os fundamentos ocultos e esotéricos dos colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas, imagens, símbolos e demais objetos mágicos. Com certeza só ouviu dizer que são fortes protetores contra isso ou aquilo... e nada mais. Já os sábios hindus ou os velhos babalaôs sempre disseram e ensinaram seus seguidores que esses adereços consagrados por eles ou segundo suas fórmulas consagratórias (todas externas e exotéricas) tornam-se poderosos talismãs ou patuás que dão proteção contra isso ou aquilo.

12º – Nós (e você) sabemos que nunca lhe ensinaram que aqueles colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas e demais objetos mágicos usados nos seus trabalhos espirituais ou assentados no seu terreiro têm outras finalidades além das de protegê-los ou aos seus trabalhos, certo?

13º – Até os seus guias espirituais (Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, Boiadeiros, Marinheiros, Baianos, Encantados, Exus, Pombagiras, Exus-Mirins, Ciganos, etc.) pouco lhes disseram sobre os mistérios de seus objetos mágicos consagrados por eles externamente ("cruzados" por eles é o termo mais adequado), não é mesmo?

14º – Você usa os colares, pulseiras, braceletes, anéis, tiaras, coroas, etc.) que eles cruzam e sente-se protegido contra inveja, mau-olhado, maus fluidos, etc. e não dá maior valor que o de simples protetores, pois eles foram cruzados e ativados segundo rituais ou processos externos, praticados por guias espirituais impossibilitados de os fazer segundo o ritual ou processo interno, que só pode ser feito a partir do lado material da vida, por uma pessoa conhecedora desse mistério.

15º – Se isso tudo está sendo revelado agora, um século após a fundação da Umbanda, é para que os umbandistas deixem de procurar em outras religiões ou nos cultos afros aqui estabelecidos os fundamentos sagrados, ocultos e esotéricos (iniciatórios) de sua religião, pois eles (todos, sem exceção) só revelam os fundamentos externos e exotéricos abertos por eles e desconhecem os fundamentos sagrados da Umbanda, que não sejam os deles.

16º – Então, como um umbandista irá obter com eles o que desconhecem da Umbanda e só conhecem de suas próprias religiões e de suas práticas mágico-religiosas, que fazem porque funcionam?

17º – Está na hora, pois ela chegou, de os umbandistas e suas práticas começarem a ser copiados pelos adeptos das outras religiões.

18º – Também chegou a hora de eles (os praticantes das outras religiões afros) respeitarem o poder mágico da Umbanda e pararem de dizer, com a "boca cheia" de orgulho, que a Umbanda não tem fundamentos e que a religião deles é que os têm.

19º – Está na hora de os umbandistas descartarem as fórmulas "secretas", antiquadas e com fundamentos internos alheios e só recorrerem a fórmulas consagratórias suas, muito bem fundamentadas no lado divino de seus cultos, fórmulas estas muito mais poderosas que as deles, pois as nossas são internas, iniciatórias, consagratórias e sagradas.

20º – A Umbanda é uma religião mágica que tem seus próprios fundamentos e não precisa recorrer aos outros, que podem servir para os seus adeptos, mas não servem para os umbandistas.

21º – Chega de buscar fora, e com quem não tem nada a ver com a Umbanda, o que não têm para dar aos umbandistas mas que não perdem a oportunidade de se mostrar "poderosos" e de explorar a boa-fé de pessoas mal orientadas dentro de nosso culto.

22º – Chega de umbandistas entregarem suas "coroas" a meros "fazedores de cabeça" que só querem sua escravidão e subserviência, pois, após "fazerem a cabeça", do mal informado umbandista, acham-se donos dele e de suas forças espirituais.

23º – Está na hora, pois ela chegou, dos umbandistas sentirem mais orgulho, de ter mais confiança em suas práticas mágico-religiosas e de olharem com indiferença ou como estranhas as práticas mágico-religiosas alheias, que tanto não lhes pertencem como lhes são dispensáveis mesmo!

Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro da Umbanda, é um procedimento correto, pois somente ele estando consagrado poderá ser usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias espirituais.

O procedimento regular tem sido o de lavá-los (purificação), de iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los nas mãos dos guias espirituais para que sejam cruzados (consagração).

Eventualmente são deixados nos altares por determinado número de dias para receber uma imantação divina que aumenta o poder energético deles.

Os guias espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente, imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os utilize efetivamente com essa finalidade e a maioria os prefira como pára-raios protetores ou descarregadores das cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.

Os procedimentos consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido estes e poucos têm mais alguns outros.

Eles têm ajudado os médiuns durante seus trabalhos e auxiliado os consulentes a se proteger das pesadas projeções fluídicas que recebem de pessoas ou espíritos no dia-a-dia.

Mas esses cruzamentos ou consagrações, com finalidades específicas e com imantação espiritual, são apenas o lado aberto ou exotérico e, numa escala de 0 a 100, só obtêm 10% do poder dos mesmos objetos que, se forem consagrados internamente ou receberem uma consagração completa, terão 100% de poder.

Normalmente, consagram-se ou cruzam-se colares a pedido dos guias espirituais e cada linha tem suas cores específicas, iguais às dos seus orixás regentes.

Como algumas cores mudam conforme a região, então eventuais alterações de cores impedem a uniformização da identificação dos orixás simbolizados nos colares usados pelos médiuns.

Na confecção dos colares, algumas regras devem ser seguidas:

1ª — Os colares dos orixás costumam ser de uma só cor.

2ª — Há algumas exceções (Obaluaiê = preto-branco), (Omolu = preto-branco-vermelho), (Nanã = branco-lilás-azul-claro), (Exu = preto-vermelho; preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e vermelho; dourado).

Enfim, há certa flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos orixás na Umbanda. E isso se deve ao fato de que eles, na verdade, irradiam-se em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as cores das energias irradiadas.

Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso individual delas. Também não deveríamos adotar as cores usadas em outros cultos afros.

— O uso de "quelê" também não deve ser adotado pelos umbandistas pois é privativo do Candomblé.

— "Quelê" é um colar curto, feito de pedras trabalhadas; é mais grosso que o normal e usado ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma iniciada no seu orixá em ritual tradicional e só dele. Portanto, o seu uso não deve ser copiado, pois não é um colar umbandista.

Para a Umbanda, vamos dar as cores mais usadas ou aceitas pela maioria:

• Oxalá = branca • Nanã = lilás

• Iemanjá = azul-leitoso • Omolu = branco-preto-vermelho

• Ogum = vermelho • Obaluaiê = branco-preto

• Xangô = marrom • Exu = preto e vermelho

• Iansã = amarelo • Pombagira = vermelho

• Oxum = azul-vivo • Oxóssi = verde

• Obá, Oxumaré, Oiá-Tempo e Egunitá não são cultuados

regularmente

Como na Umbanda não são cultuados regularmente, alguns orixás foram incorporados por nós, pois ocupam pólos energo-magnéticos nas Sete Linhas de Umbanda. Então vamos dar as suas cores:

• Egunitá = laranja

• Oiá-Tempo = fumê

• Obá = magenta

• Oxumaré = azul-turquesa

Só que há um problema porque não são fabricadas regulamente contas de cristais ou de porcelanas nessas cores.

Por isso, recomendamos que os umbandistas passem a usar colares de pedras naturais sempre que possível, porque só eles (e todos os elementos naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas condensadas nas suas consagrações "internas".

Contas e outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente, não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações internas.

Então, aqui há uma relação das pedras dos orixás:

• Oxalá = quartzo transparente

• Oiá-Tempo = quartzo fumê

• Oxum = ametista

• Oxumaré = quartzo azul

• Oxóssi = quartzo verde

• Obá = madeira petrificada

• Xangô = jaspe marrom

• Egunitá = ágata de fogo

• Ogum = granada

• Iansã = citrino

• Obaluaiê = quartzo branco e turmalina negra

• Nanã = ametrino

• Iemanjá = água-marinha

• Omolu = ônix preto — ônix verde

• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra

• Pombagira = ônix — ágata

Obs.: Outras pedras podem ser usadas, pois a variedade de espécies é grande, assim como é a de cores em cada espécie, certo?

Agora, com as linhas de trabalhos formadas por guias espirituais, a coisa complica porque tudo depende das energias manipuladas por eles e pelos mistérios nos quais foram "iniciados" e que ativam durante seus atendimentos aos consulentes.

— Para a linha dos Baianos, recomendamos o uso de colares feitos de coquinhos.

— Para a linha das Sereias, recomendamos os colares feitos de conchinhas recolhidas à beira-mar.

— Para a linha dos Boiadeiros, recomendamos colares feitos de "jaspe leopardo".

— Para a linha das Crianças, recomendamos colares de quartzo rosa, de ametista, de água-marinha e quartzo branco.

Quanto aos colares para descarga, recomendamos que tenham grande variedade de espécies de pedras naturais, de porcelana de cristais industriais, de sementes, etc.

No capítulo seguinte, comentaremos com detalhes fundamentais os colares de descarga.

Um colar é em si um círculo e é um espaço mágico poderoso, se for consagrado corretamente.

Então, supondo que os seus colares tenham sido consagrados corretamente, vamos aos comentários necessários para que você comece a usá-los com mais respeito e trate-os como objetos sacros de sua religião: a Umbanda.

Nós sabemos que não existem comentários sobre os muitos tipos de espaços-mágicos usados pelos praticantes de magia.

Sabemos que usam o triângulo; o duplo triângulo entrelaçado, o pentagrama, etc, mas também que seus fundamentos ocultos ou esotéricos não foram revelados ou comentados por nenhum autor umbandista até a publicação do nosso livro A Magia Divina das Velas (Madras Editora), no qual comentamos superficialmente os espaços mágicos formados por velas.

Bem, o fato é que o círculo é um espaço mágico, e um colar é um círculo, ainda que maleável, pois se movimenta ao redor do pescoço da pessoa que o está usando. Por isso, chamamos os colares de círculos maleáveis.

E, por ser um espaço mágico fechado, se devidamente consagrado, é um espaço mágico permanente e que "trabalha" o tempo todo recolhendo e enviando para outras dimensões ou faixas vibratórias as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário.

Como ele é um círculo, então o espaço mágico formado dentro dele é multidimensional e interage com todas as dimensões, planos e faixas vibratórias, enviando para eles as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário.

• Ele interage com as dimensões elementais.

• Ele interage com as dimensões puras.

• Ele interage com as dimensões bielementais.

• Ele interage com as dimensões trielementais.

• Ele interage com as dimensões tetraelementais.

• Ele interage com as dimensões pentaelementais.

• Ele interage com as dimensões hexaelementais.

• Ele interage com as dimensões heptaelementais.

E, quando o seu usuário o coloca no pescoço, ele começa a puxar para dentro do espaço mágico (que é em si) as irradiações projetadas desde outras faixas vibratórias negativas, dimensões ou planos da vida, recolhendo-as e enviando-as de volta às suas origens.

Os guias espirituais, quando consagram colares para os seus médiuns ou para os consulentes, para serem usados como protetores, imantam esses colares com uma vibração específica que os tornam repulsores ou anuladores de projeções energéticas negativas, mas não os tornam espaços mágicos em si porque, para fazerem isso, teriam de ir a locais específicos da natureza e, ali, abrir campos consagratórios também específicos e imantá-los com as vibrações divinas dos seus orixás correspondentes, dotando-os de poderes mágicos multidimensionais.

Mas, como os fundamentos consagratórios internos estavam fechados ao plano material até agora, então eles faziam isso de forma velada quando seus médiuns iam oferendá-los, ou aos orixás, nos campos vibratórios na natureza.

Os guias espirituais sempre respeitaram o silêncio sobre a consagração interna e sempre fizeram o que tinham de fazer de forma que os seus médiuns não percebiam que, ao tirarem os colares do pescoço, trabalhando-os na verdade estavam imantando-os com as vibrações elementais e divinas existentes nos pontos de forças da natureza.

Então, agora você já sabe que o seu colar de cristais, porcelana, sementes, dentes, etc. não é só um adereço de enfeite ou identificador dos seus orixás ou de seus guias espirituais, mas que, se corretamente consagrado, é um espaço mágico circular, certo?

E também sabe que, se for confeccionado com elementos colhidos na natureza, é mais poderoso que os feitos com elementos artificiais ou industrializados.